Muitas pessoas escutam falar em corretoras e imaginam o uso para pessoas físicas e pequenos investimentos. Contudo, as corretoras de valores são ferramentas de muito valor para a gestão dos recursos de uma empresa, e ter uma conta em uma dessas empresas pode trazer uma série de benefícios.
Afinal, as pessoas jurídicas (PJs) também possuem recursos para ser geridos, como o lucro de suas operações e o caixa para capital de giro. E uma corretora oferece as melhores opções de investimentos para aplicação desses recursos e também a sua rápida utilização.
Mas como fazer para abrir uma conta PJ em uma corretora de valores e quais as diferenças entre os tipos de contas? Venha conosco e confira as respostas neste material especial sobre como utilizar uma corretora para garantir a segurança financeira da sua empresa.
Contas PJ em corretoras
Em primeiro lugar, você precisa escolher qual a corretora que oferece esse tipo de serviço. Sim, todas as corretoras abrem contas para pessoas físicas, mas não são todas que estendem esse serviço para os CNPJs.
Felizmente, a maioria das grandes corretoras do país já disponibiliza opções de contas para PJ, como a XP Investimentos, BTG Pactual e Órama. O banco Inter também oferece opções de investimentos aos clientes PJ através de sua conta empresarial.
De maneira geral, o processo de abertura da conta PJ em uma corretora é similar ao de abertura de conta para pessoas físicas. Só que você terá que preencher os dados relativos à sua empresa, como CNPJ, razão social, inscrição estadual e municipal, entre outros.
Depois, basta enviar a documentação solicitada pela corretora – algo que também pode ser feito pela Internet. O processo pode demorar alguns dias por causa da análise da documentação e a resposta chega por e-mail.
Por que investir pela via PJ?
Apesar de ser uma operação pouco comum, o investimento via pessoa jurídica traz uma série de vantagens para a empresa. Uma das principais é a completa diferenciação entre o patrimônio da companhia e dos sócios, o que pode evitar confusões na gestão.
Por exemplo, é muito comum que o dono de uma empresa misture as suas contas pessoais com as operações da empresa. Isso ocorre bastante em pequenas empresas e pode causar uma enorme dor de cabeça, especialmente na hora de ter que utilizar esse dinheiro.
Mas com a separação entre as contas, a gestão do capital da empresa torna-se muito mais fácil. O fundo de emergência na conta PJ, por exemplo, é para uso exclusivo da empresa, o que facilita a gestão dos recursos e gastos.
Acesso a investimentos
Além da facilidade de gestão, uma conta PJ em uma corretora fornece acesso a vários investimentos diferentes, incluindo opções de renda fixa. Dessa forma, você consegue ter uma ampla gama de aplicações de onde deixar o dinheiro da companhia.
Logo, o seu caixa ou os lucros da empresa podem render juros em aplicações que podem até ter liquidez diária. Isso permite que o dinheiro renda todos os dias – algo que não ocorreria com uma conta-corrente – e, ao mesmo tempo, dá liquidez suficiente para que você possa sacar os recursos caso a empresa precise.
Mas é importante frisar que nem todas as aplicações estão disponíveis para clientes PJ nas corretoras. O investimento no tesouro direto, por exemplo, que são os títulos do governo, não pode ser feito por empresas, apenas por pessoas físicas. Mas existem fundos e CDBs que conseguem ajudar na hora de montar uma reserva de emergência com segurança.
Documentação
Para abrir uma conta PJ, as corretoras costumam exigir, além da documentação padrão, uma série de informações da empresa. O objetivo é ter o máximo de dados sobre as operações da companhia e suas movimentações mensais.
Um dos documentos exigidos é a Demonstração dos Resultados do Exercício (DRE), que mostra se a empresa teve prejuízo ou lucro em um período. Além disso, a corretora também pode solicitar a declaração de faturamento da empresa, que é uma espécie de comprovante de renda atestando as receitas que a companhia teve no ano.
Em suma, abrir uma conta PJ é uma alternativa interessante para movimentar o capital da organização e gerar renda passiva, evitando perdas ao deixar o dinheiro parado em conta corrente. Dessa forma, os juros retornam e multiplica-se o patrimônio, além de manter o capital da empresa protegido contra a volatilidade de outras aplicações.