Além do jaleco: conheça o código de vestimenta dos profissionais de saúde

Quando pensamos em profissionais da área da saúde, uma das primeiras coisas que surgem à mente são as roupas bastante específicas. No dia a dia de uma pessoa que trabalha com enfermagem, o uso de um sapato confortável é essencial para uma rotina mais adequada, mas nem todo tipo de sapato é aceito dentro dos ambientes médicos.

Durante a pandemia, vimos diversas discussões sobre ”o fim do dress code” nos ambientes de trabalho, mas isso não se aplicou aos profissionais de saúde. Ao invés disso, os códigos de vestimenta para estes profissionais ficou ainda mais rígido, e a função do uso de jalecos, máscaras, luvas e outros acessórios elevou de patamar.

Para os leigos no assunto, o tradicional jaleco branco é muito associado a médicos, mas existem diferentes tipos de códigos de uniformes, que ajudam a identificar a função de cada profissional. Confira a seguir um pouco mais sobre o significado de cada vestimenta, sua importância e os riscos de não seguir as normas de forma adequada.

Conhecendo a Norma Regulamentadora 32

A NR-32 é dada pela lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, e estabelece as diretrizes para a segurança e medicina do trabalho de profissionais da área da saúde. Recebendo atualizações conforme o passar do tempo, essa norma é seguida em ambulatórios médicos, odontológicos, laboratórios, clínicas e outros espaços de atendimento de saúde.

Os principais objetivos das regras da NR-32 são prevenir riscos ambientais, como contaminação por agentes biológicos, e garantir a saúde ocupacional dos profissionais. O documento prevê o uso de vestimentas adequadas, como luvas e jalecos, além do descarte correto de utensílios de potencial cortante e infeccioso, como agulhas usadas.

Como os profissionais de saúde devem se vestir

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estipula que os jalecos são um dos EPIs obrigatórios dos profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros. Além de reduzir os riscos de acidentes operacionais, a vestimenta contribui para a assepsia necessária de ambientes hospitalares e clínicos.

O jaleco também tem função na conduta, já que transparece uma imagem de confiança e autoridade aos profissionais que fazem uso do item. É importante que as vestimentas de trabalho de profissionais da saúde estejam sempre limpas, passadas e no tamanho correto.

Calçados

Para médicos, não existe uma exigência de tipo específico de calçado, durante os atendimentos clínicos. O ideal é que seja um calçado fechado, preferencialmente de tecidos como couro, que reduzem a absorção de agentes possivelmente contaminantes pelo tecido.

Na enfermagem, os calçados também devem ser fechados. Em geral, os uniformes de profissionais de enfermagem incluem calçados confortáveis, feitos de espuma ou outros materiais leves e impermeáveis. O solado também deve ser antiderrapante, evitando acidentes no ambiente de atendimento.

Acessórios

Profissionais de saúde devem evitar o uso de acessórios, se restringindo ao essencial, como crachás, cartões de acesso e utensílios de trabalho. Em ambulatórios clínicos, médicos podem fazer uso de pulseiras, relógios, brincos e colares, o que já não é permitido nas salas de enfermaria.

Roupas

No geral, profissionais de enfermagem utilizam uniformes monocromáticos, que podem variar do branco, azul, verde ou vermelho, sempre em tons claros. Médicos em atendimento podem fazer uso de roupas comuns, como camisas, calças e camisetas, mas sempre vestidos com o jaleco adequado.

Nenhum profissional da saúde pode usar bermudas ou shorts no trabalho, já que esse tipo de vestimenta expõe partes do corpo, aumentando as chances de possíveis contaminações. O indicado é que as peças sejam no tamanho adequado ao número de cada pessoa, sem excessos ou falta de tecido, especialmente no comprimento de calças e camisas.

Cuidados pessoais

Para profissionais de cabelos longos, a norma é manter os fios presos, e de preferência, usando toucas de proteção em ambientes mais assépticos. As unhas devem sempre estar cortadas e higienizadas, já que as mãos entram em contato direto com materiais e também com os pacientes.

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