AVC em cachorros: saiba como identificar e prestar socorro

Muitos donos podem não saber dessa possibilidade, mas há a chance de o cachorro sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Esses episódios são menos comuns nos cães do que em humanos, mas representam um grande perigo ao bem-estar dos bichinhos, o que torna essencial buscar atendimento veterinário imediato nesses casos.

No texto abaixo, você pode entender quais são as causas do AVC em cães, os sintomas da doença, como proceder caso o seu animal tenha um episódio assim e como é a reabilitação da doença.

O que pode causar um AVC?

O AVC pode ser fatal para os animais, mas, felizmente, saber qual é a sua causa facilita na hora de iniciar o tratamento do cachorro, aumentando as chances de sobrevivência e de recuperação completamente. Geralmente, os cães de idade mais avançada são os mais propensos a terem acidentes dessa natureza.

Muitas condições podem causar o AVC. Entre elas, estão a doença da tireóide, diabetes, tumor cerebral, doença cardíaca, envenenamento, doença de Cushing ou ferimentos na cabeça.

Quais os sintomas do AVC em cães?

A identificação desse quadro nem sempre é fácil, uma vez que o animal não pode dizer quando está se sentindo tonto, está com problemas de memória ou perde a visão em um olho.

Vale destacar que o AVC é um evento súbito, de forma que o animal pode passar de um estado de bem-estar para mal-estar rapidamente. Assim, é importante reconhecer os principais sintomas causados por esse episódio, apesar de alguns serem difíceis de reconhecer, caso o tutor não saiba o que verificar.

Entre os sintomas, pode-se destacar o animal ficar com a cabeça inclinada para um lado, ficar andando em círculos ou virar a cabeça para o lado errado quando chamam o seu nome. Ele também apresenta dificuldade em manter o equilíbrio, perda do controle da bexiga e do intestino, vômito e letargia extrema. Há também uma piora de quadros de arritmia cardíaca e perda de visão.

O que fazer quando o cão tiver um AVC?

Caso o animal apresente um ou mais sintomas descritos anteriormente, é importante que o tutor mantenha a calma para poder socorrer o animal. Para confirmar as suspeitas de que ele teve um AVC, é importante olhar dentro da boca do cachorro e checar se suas gengivas estão vermelhas-escuras.

Outro ponto importante é verificar como estão as pálpebras internas, vendo se elas estão vermelhas. Esses sinais indicam que o oxigênio presente no organismo dele está diminuindo.

Assim, constatando-se esses sinais, é importante levá-lo a uma clínica veterinária para que um profissional possa fazer o devido diagnóstico da situação. Lá, é possível utilizar ferramentas que facilitam esse diagnóstico, como ressonância magnética ou tomografia computadorizada.

Tratamento e reabilitação

Não existe um tratamento específico para tratar os danos causados pelo AVC, mas o veterinário pode receitar remédios para evitar que novos episódios aconteçam. Também não há garantia de que ele se recupere completamente, apesar de haver casos em que o animal se recupera completamente.

Após o episódio de AVC e o início do tratamento medicamentoso, é importante também que o tutor tome todos os cuidados necessários para permitir a reabilitação do animal. Para isso, será preciso providenciar um ambiente calmo em casa, que permita que o cachorro fique confortável e evite situações estressantes.

O espaço que ele deve ficar deve ser aquecido, mas não precisa ser demasiadamente macio. O dono deve seguir estritamente as recomendações médicas, dando os remédios nas horas indicadas. Como esse é um processo que dura em média dois meses, o acompanhamento médico continua, uma vez que se deve certificar que os processos metabólicos, a circulação sanguínea do crânio e o sistema cardiovascular estão mantidos sob controle.

É importante lembrar que, durante esse período, o animal estará enfraquecido, exigindo ainda mais cuidado, carinho e compreensão. Outro ponto importante é que pode ser necessário recorrer a fisioterapia para estimular o animal a voltar a se locomover normalmente.

Dieta terapêutica

Outra questão que o tutor deve estar atento é que, nos primeiros dias após o AVC, será normal que o cachorro se recuse a comer. Portanto, quando ele se sentir melhor e voltar a se alimentar, é necessário que seja introduzida uma dieta específica para ele, adequada para situações dessa natureza.

Converse com o veterinário e veja o que pode ser preparado e oferecido ao animal, respeitando o porte, a raça e as necessidades do cãozinho. Contudo, em média, o cão deve comer porções pequenas nas primeiras semanas, com os alimentos bem picados. As refeições devem ser servidas 5 ou 6 vezes por dia. À medida que ele for melhorando, pode-se incluir pedaços maiores de comida, até retornar às quantidades habituais que eram servidas para ele.

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