Entenda as novas regras para os refrigeradores

A geladeira é um dos eletrodomésticos mais importantes de uma casa. E na hora de comprar refrigeradores, além de avaliar preço, tamanho e capacidade de armazenamento, é vital analisar a eficiência energética. Com isso, além de procurar cupom de desconto do Ponto Frio, é importante pensar na eficiência energética que resulta em menor consumo de energia.

E foi pensando na diminuição desse consumo e na sustentabilidade que o governo federal anunciou um programa que visa retirar os refrigeradores de maior gasto energético das lojas nos próximos anos. A intenção é diminuir o nível de consumo de energia de refrigeradores considerados padrão atualmente.

Aqui, vamos te explicar como o projeto vai funcionar e quais devem ser os seus impactos para os consumidores.

O que muda com a nova regra de eficiência energética para refrigeradores?

O Ministério de Minas e Energia (MME) é responsável pelo “Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores”, que basicamente afeta os índices atuais de eficiência energética. Dessa maneira, o intuito principal do programa é retirar do mercado todos os refrigeradores que não cumpram as normas até o final de 2025.

O projeto entrou em vigor em janeiro de 2024 e faz com que fábricas de refrigeradores se orientem pelas novas normas para produzir equipamentos de maior eficiência energética, seguindo as novas regras. Vale frisar que a regulamentação serve tanto para aparelhos de fabricação nacional quanto importados.

Conforme as etapas do projeto e a estimativa do MME, a partir de 2028, todos os refrigeradores disponíveis para venda nas lojas serão, em média, 17% mais eficientes do que os modelos disponíveis atualmente no mercado.

A medida impacta a produção nacional e a importação de refrigeradores, afetando toda a cadeia de produção e comercialização dos equipamentos no país. Apesar disso, os consumidores que já possuem geladeiras em casa e não quiserem substituí-los nos próximos anos não serão afetados pelas novas regras.

“Esta resolução traz um grande avanço nos esforços do país para a transição energética. Estamos nos alinhando às melhores práticas internacionais em termos de eficiência energética”, ressalta o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em nota divulgada pelo ministério.

Indústria prevê aumento nos preços de refrigeradores nos próximos anos

Representantes do setor preveem um aumento no preço de refrigeradores no mercado brasileiro nos próximos anos. De acordo com a Rede Kigali, organização formada por IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e o iCS (Instituto Clima e Sociedade), preveem que 62% dos modelos de refrigeradores atuais sejam retirados das lojas, e isso inclui 100% de modelos mais populares.

Já segundo a Eletros (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), a mudança irá elevar o preço dos refrigeradores para a casa dos R$ 5 mil nos próximos anos. A associação defende que a mudança elitiza o setor e dificulta o acesso de refrigeradores a pessoas das classes C, D e E.

Governo rebate indústria e aponta aumento menor e economia a médio/longo prazo

O MME rebateu a informação da Eletros e ressaltou que o aumento no valor dos refrigeradores será, em média, de R$ 350,00, em relação aos preços praticados atualmente. O ministério também destaca que cerca de 17 dos 25 modelos de refrigeradores de uma porta, que são mais acessíveis, disponíveis no Brasil já estão dentro da nova norma.

Segundo a rede Kigali, o aumento de preço dos refrigeradores com a nova norma será recompensada pela economia de energia elétrica no médio e longo prazo. De acordo com estudos da ONG norte-americana Clasp, que faz parte da rede Kigali, os novos refrigeradores podem gerar uma economia de R$ 174,00 a R$ 822,00 para consumidores no longo prazo.

A primeira fase do projeto já começou a ser implementada. Nesse primeiro momento, os consumidores não devem ser afetados de nenhuma forma. Os primeiros impactos no consumo de refrigeradores serão vistos a partir de 2026, quando apenas refrigeradores que seguem as novas normas poderão ser vendidos no país.

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