Excesso de açúcar na alimentação: conheça os riscos e saiba como evitá-los

O açúcar é um ingrediente presente em diversos alimentos do nosso dia a dia. Seu consumo, porém, deve ser feito com moderação. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), para uma dieta de 2 mil calorias diárias, é que a quantidade de açúcar ingerido seja de 25 a 50 gramas por dia.

Aqui no Brasil, no entanto, esse número supera, e muito, o patamar desejável, já que a média de consumo chega a 80 gramas diárias de açúcar. Sendo assim, mudanças alimentares são necessárias e dependerão das escolhas daquilo que vamos ingerir. Trocar refrigerantes por sucos naturais é um bom exemplo disso.

Eliminar ou reduzir ao máximo a ingestão de alimentos altamente doces, como bolos, biscoitos e sorvetes, também é necessário. Além disso, é preciso, ainda, entender melhor sobre os riscos decorrentes do uso excessivo de açúcar na alimentação. É o que você verá a seguir.

O açúcar e seu poder viciante

Imagine que você está num aniversário infantil. O garçom passa com uma bandeja de docinhos e você pega um brigadeiro. Pouco tempo depois, ele passa novamente e a vontade de pegar mais um (ou mais dois) aumenta. Talvez, mesmo com a boca cheia de doce, você ainda sinta vontade de repetir a dose mais e mais.

Pode ser que isso não aconteça com o brigadeiro, mas com o sorvete, o bolo, a torta doce ou mesmo o refrigerante. A questão é que todos esses alimentos contêm um mesmo ingrediente em grande quantidade: o açúcar. Seu efeito viciante pode ser comparado, em uma escala bem menor, ao das drogas.

Isso acontece porque a ingestão de açúcar afeta dois neurotransmissores que têm relação direta com as sensações de bem-estar e recompensa: a serotonina e a dopamina. Logo, o organismo entende que o açúcar é algo prazeroso, que deve ser ingerido cada vez mais. É esse mecanismo que gera o ciclo vicioso.

Nesse sentido, muita gente acaba demonizando o açúcar, classificando-o como um grande vilão para o nosso organismo, enquanto o problema não está

especificamente na substância, mas sim no seu consumo excessivo. Veja a seguir alguns exemplos de problemas decorrentes disso.

Diabetes

É uma das doenças mais comuns e, a depender do tipo, está diretamente ligada ao consumo desregrado de açúcar.

Obesidade

A obesidade é outro exemplo de consequência direta do abuso no consumo de açúcar na alimentação, por conta do acúmulo de gordura em todo o corpo.

Problemas cardiovasculares

O excesso de glicose, produzido após ingerir açúcar, pode dificultar a circulação sanguínea e, consequentemente, dar origem a problemas de ordem cardiovascular, como hipertensão.

Acne

Quem sofre com excesso de acne pode ter o problema acentuado por conta do abuso do açúcar, na medida em que seu consumo estimula a produção de oleosidade na pele.

Como controlar o consumo de açúcar?

Fazer qualquer tipo de mudança de hábito requer paciência, e com a questão do açúcar não seria diferente. Para quem já sofre as consequências do seu uso excessivo, como pessoas diabéticas e obesas, a orientação médica é fundamental. De modo geral, porém, vale a pena buscar por uma avaliação de um nutricionista.

A troca de alimentos é uma alternativa interessante. O refrigerante ou suco em pó, por exemplo, pode ser trocado por sucos naturais e integrais. No caso dos doces industrializados, a indicação é buscar por opções que tenham menos açúcar, como aqueles à base de frutas e chocolates com maior proporção de cacau na composição.

Troque também o açúcar refinado por versões mais naturais, como o demerara ou o mascavo, mas atente-se à quantidade usada para adoçar. Evite consumir produtos industrializados, como biscoitos e bolos, preferindo sempre comidas naturais, desde frutas à tubérculos, como batata-doce, mandioca e inhame.

O uso de temperos naturais, como páprica doce, orégano, açafrão, coentro, cebolinha e salsinha são mais indicados do que os artificiais, a exemplo de molhos de tomate e ketchup (ricos em açúcar e sódio).

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