Pães com grãos

Mitos, verdades e curiosidades sobre a alimentação hospitalar

A alimentação hospitalar é elaborada e ministrada com o objetivo de auxiliar na recuperação do paciente. Ela não deve permitir que a desnutrição ou a deficiência de algum nutriente ocorra neste período. 

Comida de hospital é mesmo sem sabor? Por que ela costuma ser diferente da rotineira? Confira alguns mitos e verdades sobre a alimentação hospitalar e como ela é pensada e preparada.

Qual é a diferença da alimentação hospitalar para a comum?

Na alimentação comum, o indivíduo possui maior liberdade e flexibilidade para ingerir os alimentos que bem entender. Algumas pessoas optam por acompanhamento nutricional, garantindo uma comida mais saudável e equilibrada.

Todavia, muitos ingerem, sem controle algum, proteínas, carboidratos, gorduras e outros nutrientes.

A dieta hospitalar é voltada para a otimização da recuperação e estabilização da saúde do paciente. Visto que a pessoa possui problemas patológicos, sua alimentação é direcionada para colaborar com os medicamentos e ações em prol do quadro que ela apresenta.

Alguns exemplos de dietas hospitalares são:

  • Leve – é composta por alimentos de fácil digestão, como sopas, sucos, gelatinas e mingaus, pois seu objetivo é facilitar o processo digestivo.
  • Pastosa – inclui alimentos bem cozidos e de fácil mastigação, como legumes, papinhas e purês. É indicada, muitas vezes, para pacientes com problemas ou dificuldades para mastigar.
  • Líquida – caldos e sucos são sua base. Geralmente,  é utilizada em pessoas desidratadas.
  • Branda –  é uma dieta leve, porém um pouco mais rica em nutrientes, incluindo frutas macias, arroz, feijão, gelatina e legumes cozidos. Pacientes, que precisam que o alimento seja mais fácil para mastigar, engolir e digerir, geralmente, recebem este tipo de alimentação.
  • Geral –  aplicada a pacientes em casos não enquadrados como graves. Nessas situações, a alimentação pode ser realizada de forma normal, observando os níveis calóricos e nutricionais, por isso a pessoa pode ingerir leite, suco natural, pão, arroz, feijão, carne, salada e frutas, entre outros alimentos.

Conhecer as diferentes dietas implementadas em rotinas hospitalares desmistifica a crença de que hospitais servem somente sopas e líquidos. Na verdade, existe sim esta dieta, mas é direcionada para casos específicos, não sendo distribuída como alimentação padrão ou geral.

Quem prepara a alimentação hospitalar?

Normalmente, os hospitais possuem equipes responsáveis pela cozinha e pela preparação da alimentação dos pacientes. 

Senão, muitas vezes as instituições adquirem os produtos e kits de refeições de empresas que comercializam produtos especiais para dietas hospitalares. Assim, a equipe somente distribui os alimentos prontos, otimizando recursos da entidade, como o investimento em funcionários e o tempo de preparo e cozimento da comida.

É importante ressaltar que em ambas as opções citadas é necessário e essencial que haja acompanhamento profissional especializado para o equilíbrio da dieta oferecida aos pacientes.

Comida hospitalar não tem sabor

Mito! Na realidade, muitas pessoas estão acostumadas a utilizar diversos temperos fortes na comida, além de exagerar na quantidade de sal. Por isso, a comida do hospital, que possui níveis equilibrados de sal e outros ingredientes, acaba gerando estranheza ao paladar.

Além disso, muitas pessoas nem sequer se lembram do verdadeiro sabor das comidas servidas em hospitais. Todavia, estar doente e indisposto contribui para a má impressão quanto à alimentação.

É necessário acompanhamento nutricional

Verdade! Para a elaboração das dietas respectivas para cada tipo de paciente, é indispensável que haja acompanhamento de um profissional de nutrição que desenvolve diversos planos alimentares. Cada caso tem suas individualidades e necessidades que uma alimentação geral não supriria.

Apesar de não haver alimentos milagrosos, a coordenadora de Nutrição da Santa Casa de Curitiba, Cássia Bertocco explica que alguns hábitos podem nos proteger e garantir uma boa imunidade, como o consumo de três a cinco porções de vegetais e/ou frutas ao dia. 

Em entrevista ao site do Hospital da Santa Casa de Curitiba, a nutricionista menciona ainda que o consumo de cereais integrais, sementes, ovos e outros alimentos ricos em zinco previnem a queda da função imunológica. Além disso, o consumo de iogurte natural estimula a produção de anticorpos.

Conhecimentos como esses, vindos de profissionais especializados na área, são fundamentais para a composição de uma dieta benéfica e completa.

Vitaminas e minerais são essenciais

Verdade! As vitaminas e os minerais são essenciais para a recuperação do paciente e manutenção da imunidade. O corpo humano não os produz, apesar de serem fundamentais para o funcionamento do organismo.

Esses nutrientes podem ser consumidos por meio de vários alimentos que compõem a dieta dos enfermos, por exemplo:

  • cálcio no leite,
  • ferro no espinafre,
  • vitamina C em frutas cítricas,
  • zinco em carnes.

Além desses alimentos, muitos outros, quando combinados, podem potencializar os efeitos positivos de nutrientes e até mesmo componentes medicamentosos.

Conhecendo um pouco mais sobre a alimentação hospitalar, além de mitos, verdades e curiosidades, fica um pouco mais fácil entender o funcionamento da área nutricional e a aplicação de dietas.

Caso tenha gostado e aprendido com as informações apresentadas neste artigo, deixe nos comentários quais dessas curiosidades mais chamaram a sua atenção!